Uma boa revisão na bike pode te salvar de muitos apuros. Assim como todo tipo de meio de transporte, dos mais complexos aos mais simples, a qualidade dos componentes é muito importante para aumentar a segurança dos usuários. Problemas que poderiam ser evitáveis e fáceis de corrigir podem se tornar uma grande dor de cabeça, causando acidentes perigosos, avarias em outras peças que estavam relativamente boas ou até te deixar a pé há muitos e muitos quilômetros de casa.
Por que a revisão na Bike é tão importante?
Imagine que sua bike é um organismo, menos complexo que o de um humano, é claro, mas ainda sim repleta de mecanismos que dependem um do outro para funcionar com qualidade.
Uma avaria em algumas das peças, por simples que seja, pode acabar causando danos maiores à outras mais complexas e caras. Uma corrente sem lubrificação e com gomos estragados pode afetar a catraca, a coroa e as marchas da bike, de forma que o uso prolongado dela diminui a vida útil e o desempenho de todos esses componentes, ou as pastilhas do freio que, pela necessidade de maior pressão ao freiar, podem deformar o aro e romper o cabo do freio.
O barato pode acabar custando caro, não apenas em questão de dinheiro. Um simples cabo de freio que se rompe e não custa quase nada pode ocasionar um acidente, uma queda pode acabar danificando componentes muito sensíveis, como o choque contra as marchas, a queda do ciclocomputador que fica fixado ao guidão. É impossível mensurar antecipadamente as reais consequências de um acidente de bicicleta e certamente vale muito mais a pena prevenir-se de todas as formas efetivas possíveis, pelo bem do ciclista e de sua bike.
Manter a vida útil de sua bike, além de uma das melhores formas de economizar com sua magrela, vai aumentar em muito a sua performance. Imagine que você tem um bom condicionamento e consegue aplicar bem sua energia ao pedalar, mesmo assim, um pequeno problema nos componentes podem limitar seriamente sua performance.
Qual o tempo médio entre uma revisão e outra?
Essa é uma resposta relativa. Pra início, é interessante fazer uma revisão completo assim que se compra sua bike e deixa-la totalmente calibrada.
Você pode fazer revisões preventivas regularmente em casa, lavar a bike (dê preferência para panos umedecidos ao invés de mangueiras de alta pressão), passar graxa e desmontar suas partes móveis para limpeza e checagem de avarias. Essa manutenção é relativa ao seu ritmo, intensidade e ambiente de pedalada. Se usa a bike como meio de transporte, você pode dar uma geral a cada três ou quatro semanas. Caso pedale longas distâncias e em ambientes off-road, a cada uma ou duas semanas seria interessante limpar seus componentes e dar uma atenção especial às pastilhas de freio, lubrificação da correia e a regulação dos cabos do freio e qualidade das raias.
Ao sentir diferenças na pedalada não hesite em adiantar sua revisão caseira, nem sempre é possível constatar sozinho onde pode estar o problema, então a ajuda profissional é requerida. É mais uma etapa preventiva que também deve ser feita por todos os tipos de ciclistas. Para uso urbano, a cada seis meses não deixe de leva-la em um especialista. Para uso esportivo e off-road, entre dois e três meses. Entenda que nem sempre uma avaria séria pode ser constatada, às vezes estão mais ocultas ou não somos capazes de determinar por conta própria sua integridade. Um profissional tem os meios de verificar a qualidade das peças e fazer diagnóstico mais específico de sua bike, além de constatar peças defeituosas e erros do próprio ciclista ao mexer em sua bike, ele também irá dar recomendações valiosas e calibrar sua bike com uma precisão maior, aumentando sua longevidade.
Há peças que não necessariamente “estragam” ao ponto de inviabilizar a pedalada, mas se desgastam muito e podem afetar sua performance, inclusive causando acidentes e danificando por tabela outros componentes. Esse é o caso das correias, cassete, cabos de freios, pneus e rodas.
Mais do que através de tempo de uso, é possível determinar a vida útil média de cada um desses pela quantidade de quilômetros andados:
• Corrente: em media 2.700 kms (na metade da quilometragem você pode inverter a corrente)
• Cassete: 12.000 km
• Pneus: ao perceber uma deformação significativa na superfície e o apagamento acentuado das ranhuras (uma média de 5000 km em ambientes off road e até o dobro na cidade, mas não descuide do aspecto).
• Pastilhas: ao sentir uma aderência menor ao freiar, já considere trocá-las pois, além de baratas, são vitais para sua segurança.
Algumas peças podem ser consertadas ao invés de trocadas, como no caso das câmaras. Mas não abuse: ao perceber um desgaste acentuado, busque trocar o quanto antes.
Outras peças, por sua vez, tem uma vida útil prolongada e não afetam tanto a performance, mas podem causar dores de cabeça também, então esteja atento à rachaduras no quadro, dificuldade de regular e manter a regulação do selim, dificuldade de manter a bike retilínea com pouco esforço. Ocasionalmente, todos os componentes precisarão ser trocados. O quanto você cuida de sua bike será um dos maiores determinantes dessa regularidade.
Sempre que visitar um especialista, manifeste o interesse de fazer suas próprias revisões e certamente irá receber boas recomendações. Aproveite esses conselhos e use as ferramentas, lubrificantes, pastilhas e correntes que forem recomendadas para seu tipo específico de bike.
Com o tempo e seguindo bem as recomendações, você será capaz de perceber por si mesmo quando houver a necessidade de revisar sua bike e com certeza terá mais economia, performance e uma pedalada mais agradável e segura!
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